Estádio está fechado para investigações da Polícia Argentina após tumulto que feriu 90 pessoas no domingo. Jornais lucram com o drama platense

Funcionários da limpeza trabalham bastante no
entorno do Monumental
entorno do Monumental
O presidente do comitê organizador da competição sul-americana, José Luis Meiszner, também endossou o órgão governamental.
- Temos tempo para que a final seja no Monumental. Todas entradas para o jogo decisivo já estão vendidas. E não vejo ainda nenhum motivo para que a partida não seja lá - disse o dirigente, em entrevista ao canal Fox Sports, ressaltando que os problemas de domingo foram causados por uma situação extraordinária e que, no caso de um eventual veto à casa do River, o estádio de Córdoba seria a primeira opção para a final.
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As únicas pessoas que entravam no estádio nesta segunda-feira eram funcionários de limpeza, que tinham bastante trabalho para varrer pedras, pedaços de vidros e ferros retorcidos, e agentes da Polícia Federal Argentina, com câmeras e máquinas fotógraficas, que iniciavam o processo de investigação. Eles, entretanto, disseram que não poderiam gravar entrevistas e nem falar sobre o assunto.
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Especula-se que houve superlotação no Monumental, com mais de 60 mil presentes, enquanto apenas 45 mil ingressos foram colocados à venda. Ao todo, 90 pessoas saíram feridas e 50 foram presas. Além disso, algumas lojas próximas ao estádio foram vandalizadas e saqueadas (veja no vídeo ao lado).
Pátio que dá acesso a um dos setores da arquibancada do Monumental (Foto: Marcos Felipe)
Torcedor desoladoEm ruas do bairro de Nuñez, cartazes pediam a saída do presidente do River, Daniel Passarella, ex-jogador campeão do Mundo em 1978 com a Argentina. Os mesmos panfletos também foram colados nos muros do Monumental, mas retirados por funcionários do clube no início da manhã.

Cartaz pede saída de Daniel Passarella e diz que
sua administração foi igual ao seu antecessor,
José Maria Aguilar
sua administração foi igual ao seu antecessor,
José Maria Aguilar
- Eles são os grandes culpados. Não os jogadores. Estou desolado. Não sei o que fazer a não ser chorar – disse Ezequiel, solitário torcedor do River Plate, sentado em frente a uma das entradas do estádio.
Segundo emissoras de TV locais, organizadas do River Plate prometem uma passeata ainda nesta segunda-feira para protestar contra a diretoria. Por conta dessa ameaça, placas de madeira foram colocadas nos vidros do Museu do River, que fica ao lado do estádio Monumental.

Ezequiel desolado com o rebaixamento do seu River

Drama do River nas manchetes
Calvário do River vende jornais
O drama do River Plate, como não poderia deixar de ser, ganhou as capas e manchetes de todos os jornais de Buenos Aires. Principal diário esportivo da Argentina, o jornal “Olé” esgotou-se nas bancas do centro da capital em menos de uma hora.
Na TV, o assunto também era o mesmo. Canais disponibilizavam vídeos amadores gravados por torcedores que mostravam o embate entre policiais e "barrabravas" (nome dado aos membros violentos de organizadas de times argentinos) após a partida no Monumental.
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