Empresa que administra usina nuclear vai pagar indenizações.
No total, compensações custarão à central US$ 620 bilhões.
O Japão aprovou nesta sexta-feira (15) um plano da Tokyo Electric Power Company (Tepco) para pagar uma primeira compensação de 1 milhão de ienes (US$ 12.400) às famílias que foram forçadas a deixar a região da usina nuclear de Fukushima, em consequência da crise nuclear no complexo, provocada pelos desastres naturais de 11 de março.
O valor anunciado pela empresa que administra a central de Fukushima Daiichi tem caráter provisório, pois a Tepco, segundo o governo japonês, deverá disponibilizar um volume muito maior de compensações no futuro devido ao mais grave acidente nuclear da história do Japão.
Segundo o ministro da Economia do Japão, Banri Kaieda, a Tepco vai começar a indenizar as famílias a partir de 28 de abril.
Japonesa exibe um cartaz durante manifestação em Tóquio que pede o desligamento da usina nuclear de Fukushima.
Kaieda afirmou nesta sexta que inicialmente serão indenizadas as pessoas que viviam a uma distância de até 30 km da central atômica, o que engloba um total de 48 mil famílias.
Mas cerca de 80 mil pessoas que moravam a menos de 20 km da usina foram retiradas de suas casas logo após os desastres naturais de março.
“Levará algum tempo até que todos recebam o dinheiro”, disse Kaieda.
Este primeiro plano de compensações fará a Tepco desembolsar aproximadamente 50 trilhões de ienes (US$ 620 bilhões).
O governo pediu que a Tepco forme um grupo de trabalho para estudar um programa de indenizações, cujos fundos podem ser deduzidos dos lucros da empresa elétrica durante mais de uma década, segundo a imprensa japonesa.
Dezenas de milhares de japoneses ainda não podem regressar às suas casas perto da usina nuclear. Essas famílias estão distribuídas em cerca de 150 abrigos espalhados pelo país, complexos que também receberam as pessoas que perderam tudo por causa do forte tremor e das ondas gigantes que atingiram a costa japonesa..
Na segunda-feira (11), o governo aprovou um outro plano para esvaziar novas regiões próximas à usina nuclear, retirando cerca de 115 mil pessoas. O governo teme que essas áreas foram expostas demais aos efeitos da radioatividade que escapou da central atômica.
A Tepco ainda está se esforçando para estabilizar a usina nuclear, que viu os seus sistemas de refrigeração falharem após um terremoto de magnitude 9 e um tsunami e comprometerem reatores da central nuclear. Esses desastres naturais ainda devastaram parte do país, matando mais de 13 mil pessoas.
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