Estádio é reformado para ter condições mínimas de receber amistoso internacional. Administração garante prazo, mas se preocupa com vestiário
Quem acompanhou a vitória do Fluminense sobre o Atlético-GO, domingo, pelo Brasileirão, pode até não ter percebido, mas o amistoso entre Brasil e Holanda, que acontece no próximo sábado, em Goiânia, transformou o Serra Dourada em um verdadeiro canteiro de obras. A necessidade de adaptação do estádio aos requisitos mínimos para um confronto entre seleções faz com que trabalhadores se revezem 24 horas na corrida para concluírem a reforma para receber brasileiros e holandeses.
Obras seguem em ritmo acelerado no Serra Dourada, em Goiânia
Fora do cronograma da Copa do Mundo, Goiás vê seu principal palco do futebol passar pela primeira grande remodelagem 36 anos após sua construção. E o grande número de pendências faz com que a primeira impressão de quem visita o local uma semana antes do jogo da Seleção seja de dúvida sobre a conclusão das obras. A situação, porém, não assusta os responsáveis pelo evento. De acordo com Itamir Júnior, o Gueroba, administrador do Serra Dourada, o prazo será cumprido.
- Está tudo dentro do cronograma. O que mais nos incomoda são os vestiários, que ainda estão em fase de acabamento. O problema não é nem o prazo de entrega, mas o odor da tinta. Essa é a única questão que nos preocupa. Mas no que diz respeito ao jogo, estará tudo preparado.E é justamente a situação dos vestiários a mais assustadora. O local passa por uma reforma geral, com a implantação de novos armários, bancos, pintura e outros requisitos básicos. Se a previsão de entrega é para a partida de sábado, há treinamentos marcados a partir de quarta-feira, quando as obras ainda estarão a todo vapor.
Nos jogos Vila Nova x Ponte Preta e Fluminense x Atlético-GO, um vestiário alternativo foi utilizado pelas equipes, o que não impediu reclamações, principalmente pelo forte cheiro de tinta. Outros pontos da obra, por sua vez, estão em fase final de acabamento e não preocupam.
Esta é a situação, por exemplo, da área técnica, onde a terra batida foi trocada por grama sintética; do novo banco de reservas, agora no padrão Fifa, no nível do campo; e da principal via de acesso ao estádio, que foi duplicada. Estão sendo reformados também os vestiários dos árbitros, que passarão a ter a divisão masculina e feminina, além da construção de um vestiário para gandulas e uma sala de imprensa – esta não será utilizada no jogo entre Brasil x Holanda.
Estado do vestiário que receberá a Seleção no próximo sábado
Questões de acabamento também entraram na pauta. Por isso, todo o estádio passou por uma pintura recente e as áreas atrás dos gols passarão por uma modernização. O que hoje é terra batida passará a ser metade de cimento e outra de grama sintética.
Normalmente motivo de questionamento em estádios brasileiros, o gramado não entrou na reforma atual. Segundo Gueroba, o mesmo foi aprovado por Mano Menezes em visita recente.
- Ele disse que o gramado está bom, está de alto nível. Tenho que acreditar nele.Normalmente motivo de questionamento em estádios brasileiros, o gramado não entrou na reforma atual. Segundo Gueroba, o mesmo foi aprovado por Mano Menezes em visita recente.
O administrador do estádio aproveitou a oportunidade para dizer que as obras emergenciais para receber a Seleção Brasileira já estavam previstas e representam apenas parte de uma reforma geral que incluirá, no futuro, ainda questões na parte estrutural, como o fim de infiltrações nas arquibancadas. Mesmo fora do Mundial de 2014, Goiás tem uma meta:
- A intenção é deixar o estádio no mesmo nível que todos os outros que vão sediar a Copa do Mundo.
Até lá pelo menos haverá tempo de sobra para as obras. Já para receber a Seleção, a contagem regressiva continua: faltam cinco dias.
Operários correm contra o tempo antes da chegada de Brasil e Holanda
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