quinta-feira, 5 de maio de 2011

Primeiras impressões: Audi A7 Sportback

Design jovial e motor 3.0 são trunfos para ganhar a concorrêcia.
Sedã em forma de cupê é prejudicado pelos reflexos no para-brisa.

Audi A7 mistura linhas de cupê com a luxuosidade de sedã (Foto: Priscila Dal Poggetto/G1)
Audi A7 mistura linhas de cupê com a luxuosidade
de sedã
 
Sedã em forma de cupê. Essa foi a solução encontrada pelas marcas premium para deixar mais esportivos os modelo sedãs sem que eles perdessem a luxuosidade. Para a Audi, a combinação dos dois conceitos é o novo A7 Sportback, que completa a gama da marca alemã ao ficar posicionado entre os modelos A6 e A8.
A novidade custa a partir de R$ 323,9 mil e tem como opcional o pacote Advance (R$ 20 mil), com itens de segurança complementares como visão noturna e piloto automático adaptativo, sistema de som Bose (R$ 8 mil) e sistema de som Bang&Olufsen (R$ 36 mil).
A nova proposta em design para atrair ao segmento de sedãs pessoas mais jovens — ou pessoas que queiram se sentir mais jovens — é o grande destaque do modelo. A começar pela grade frontal hexagonal, que adota a nova assinatura da Audi, já vista nos modelos A1, Q3 e A3 Concept. Outros pontos de destaque nas linhas são os retrovisores esportivos que saem das portas, os faróis com LED em todas as funções e vincos laterais que vão da parte dianteira à traseira do carro. Apenas a traseira destoa e passa despercebida pela falta de charme.

Concorrentes Audi A7 (Foto: Editoria de Arte/G1)

“Ser jovem, querem parecer jovem é uma tendência de consumo mundial, não somente no setor
automobilístico”, afirma o diretor de vendas e marketing da Audi, Leandro Radomile. Segundo o executivo, um dos primeiros clientes a comprar o modelo foi o ator Tony Ramos. O primeiro lote de 10 unidades foi todo vendido. A expectativa da Audi, segundo Radomile, é vender entre 10 e 12 unidades do A7 por mês.
 
No interior, o carro é praticamente o A8. Os únicos diferenciais são o painel de instrumentos – totalmente voltado para o motorista — a linha contínua que arremata o acabamento e passa por trás do painel, o "head up display" (projeta a imagem do velocímetro no para-brisa) com ajuste de altura e intensidade de série, e os bancos traseiros, desenvolvidos para acomodar bem os passageiros em função do teto abaulado.
Entre os itens de série estão computador de bordo com display colorido, vidros com isolante térmico, acabamento interno em alumínio escovado, preparação para rastreador, piloto automático, airbags laterais, dianteiro e de cabeça, ESP, assistente de freio e sistema MMI Touch.

Traseira  do Audi A7 destoa do resto do carro (Foto: Priscila Dal Poggetto/G1)
Traseira do Audi A7 destoa do resto do carro 
 
Sob o capô está o potente motor 3.0 LTSI de 6 cilindros em V, que desenvolve 300 cavalos de potência máxima, a 5.250 rpm, e 44 kgfm de torque, a 2.900 rpm. O modelo tem tração nas quatro rodas Quattro e câmbio automático S-Tronic de sete velocidades. O carro acelera de 0 a 100 km/h em 5,6 segundos e tem velocidade máxima controlada eletronicamente de 250 km/h. De acordo com a Audi, o consumo do carro é de 9,2 km/l na cidade, 15,1 km/l na estrada e 12,2 km/l no uso misto.

Head up display projeta a imagem do velocímetro no para-brisa (Foto: Divulgação)
Head up display projeta a imagem do velocímetro
no para-brisa
 
Ao volante
O G1 conferiu o carro pela capital paulista e por estradas no interior de São Paulo. A sofisticação agrada aos olhos, já que o acabamento é impecável. Os recursos de interatividade são facilmente localizados no volante. O único recurso que não é tão cômodo é o "head up display". Apesar de ser possível configurar funções, luminosidade e altura da projeção, ele foi desenvolvido para ficar em um ponto mais à frente do campo de visão, em relação a outros encontrados no mercado.

Isso pode incomodar clientes que não gostam de nada interferindo a visão. Até as direções indicadas pelo GPS podem ser projetadas. Desligar o dispositivo é possível, mas este é um recurso de segurança muito eficiente em muitos casos.
Apesar dos pormenores, tudo é uma questão de gosto e hábito, como no caso do ângulo de inclinação do para-brisa, que faz com que o painel fique totalmente refletido, dependendo da incidência de luz.

Interior do Audi A7 é semelhante ao do A8 (Foto: Divulgação)
Interior do Audi A7 é semelhante ao do A8
 
O conjunto motor transmissão é o que mais agradará a quem guiar o A7. Respostas rápidas, trocas de marchas sem absolutamente nenhum tranco e boa aceleração para o porte do carro tornam prazerosa a condução. Ao contrário do perfil dos compradores de A8, o perfil do consumidor deste tipo de carro está mais para os abonados que gostam de ir ao volante e deixar o motorista de folga. Se o objetivo do cliente for esse mesmo, a combinação design e motor acerta o alvo em cheio.

Grade frontal do A7 é a nova assinatura da marca (Foto: Priscila Dal Poggetto/G1)
Grade frontal do A7 é a nova assinatura da marca

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