Manifestante segura uma espada enquanto fala a simpatizantes durante um protesto na cidade de Zarqa
As forças de ordem jordanianas dispersaram com gases lacrimogêneos uma manifestação islamita na cidade de Zarqa (norte), que deixou um saldo de 40 policiais ferios, seis deles esfaqueados, informou um porta-voz da polícia local.
Segundo a fonte, a polícia teve de usar os gases lacrimogêneos porque os islamitas salafistas agrediram alguns cidadãos, acusando-os de serem ateus. Os salafistas se manifestaram em várias oportunidades nas últimas semanas para reclamar a libertação de presos islamitas.
Vários grupos jordanianos, entre eles os islamitas e movimentos de jovens, convocaram manifestações para esta sexta-feira em todo o país para exigir reformas.
A potente Frente de Ação Islâmica (FAI) e outros grupos, entre eles alguns de esquerda, devem organizar uma passeata após a oração de sexta-feira saindo da mesquita Al-Hussein, no centro de Amã, até a prefeitura, não muito longe dali, para "ressaltar a questão da unidade nacional e pedir reformas", indicaram anúncios publicados na imprensa local.
Por sua vez, o grupo de "jovens do 24 de março", cujo local de protesto instalado até agora no centro de Amã para exigir reformas foi desmontado pela polícia um dia depois de violentos confrontos, deve organizar uma manifestação em frente à prefeitura.
O grupo, formado hoje em sua maioria por islamitas, indica em sua página do Facebook que espera "pedir reformas e esforços adicionais para combater a corrupção". Uma reunião dos "jovens de 24 de março" foi atacada nos dias 24 e 25 de março por partidários do poder. Este ataque e a intervenção das forças de segurança deixaram um morto e 160 feridos.
Outros grupos convocaram manifestações na sexta-feira em diferentes cidades da Jordânia. A embaixada dos Estados Unidos em Amã indicou nesta quinta-feira aos seus cidadãos que devem ocorrer manifestações na sexta-feira no sul da Jordânia, em Maan, Karak e Aqaba, além da capital, alertando-os para evitar estas regiões.
Um movimento de protesto social e político sem precedentes afeta o reino há mais de três meses.
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