Dilma se encontrou com o presidente da Foxconn em Pequim.
Multinacional de origem chinesa planeja investir US$ 12 bilhões no Brasil.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou nesta terça-feira (12) que a Apple e a Foxconn vão produzir o computador tablet iPad no Brasil até o final de novembro deste ano. O anúncio de Mercadante acontece em meio à viagem da presidente Dilma Rousseff à China, onde se reuniu com o presidente da multinacional de origem chinesa.
"Tem que ser detalhado agora as condições (em que se dará a produção do iPad), onde que vai ser, logística", disse Mercadante a jornalistas.
Segundo o Itamaraty, a Foxconn, que fabrica produtos da Apple em regime de terceirização na China, anunciou a Dilma a intenção de investir US$ 12 bilhões no Brasil.
A produção de iPads no Brasil, segundo o ministro, está sendo estudada por um grupo de trabalho que envolve os ministérios da Fazenda, de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e de Ciência e Tecnologia, além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
Dilma se encontrou com o presidente da Foxconn, Terry Gou, durante seminário de negócios em Pequim, que reuniu representantes de quase 300 empresas brasileiras e chinesas.
Investimentos
O investimento anunciado pela Foxconn reafirma o interesse da China no Brasil. Em 2010, a China liderou os investimentos diretos feitos no Brasil, com negócios que somaram cerca de US$ 17 bilhões, de acordo com estimativa da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet).
"Tem que ser detalhado agora as condições (em que se dará a produção do iPad), onde que vai ser, logística", disse Mercadante a jornalistas.
Segundo o Itamaraty, a Foxconn, que fabrica produtos da Apple em regime de terceirização na China, anunciou a Dilma a intenção de investir US$ 12 bilhões no Brasil.
A produção de iPads no Brasil, segundo o ministro, está sendo estudada por um grupo de trabalho que envolve os ministérios da Fazenda, de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e de Ciência e Tecnologia, além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
Dilma se encontrou com o presidente da Foxconn, Terry Gou, durante seminário de negócios em Pequim, que reuniu representantes de quase 300 empresas brasileiras e chinesas.
A presidente Dilma Rousseff conversa com o presidente da Empresa Foxconn, Terry Gou, em Pequim
O investimento anunciado pela Foxconn reafirma o interesse da China no Brasil. Em 2010, a China liderou os investimentos diretos feitos no Brasil, com negócios que somaram cerca de US$ 17 bilhões, de acordo com estimativa da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet).
Os US$ 12 bilhões anunciados superam a previsão de investimento da Petrobras, a maior empresa brasileira, no exterior. Até 2014, a estatal prevê investir US$ 11,7 bilhões fora do Brasil.
Apesar do volume, o investimento fica atrás de outros já anunciados no Brasil este ano. A petroleira britânica BG Group, por exemplo, deve colocar US$ 30 bilhões no Brasil até o final da década. Parte desses investimentos devem ser usados na criação de um centro tecnológico.
Já o Grupo Telefônica tem plano de investir R$ 24,5 bilhões no Brasil durante os próximos quatro anos, de 2011 a 2014.Os recursos serão aplicados na modernização e expansão de redes, lançamento de produtos e serviços em telefonia, banda larga e TV por assinatura.
A empresa
A Foxconn, fundada em 1974 em Taiwan, é uma das maiores fabricantes de aparelhos eletrônicos no mundo. A companhia monta computadores e aparelhos para empresas como Apple, para a qual produz iPods, iPads e iPhones, placas-mãe para a Intel, componentes para PCs da Dell, celulares da Motorola e videogames como o PlayStation 3, da Sony, Wii, da Nintendo.
No Brasil, a empresa fabrica produtos para Sony, Dell, HP e Sony Ericsson e possui hoje três fábricas: em Manaus (AM), Indaiatuba (SP) e Jundiaí (SP). A Foxconn iniciou as suas atividades no país em 2005, com a fabricação de celulares. Mais tarde, a empresa passou a fabricar máquinas fotográficas digitais. Em 2007, inaugurou a sua maior fábrica no país, em Jundiaí, para a fabricação de computadores, notebooks e netbooks, além das placas mãe desses equipamentos.
Atualmente, a Foxconn está presente em 14 países.
Tablets no Brasil
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior realiza até sexta-feira (15) consulta pública sobre as condições para a inclusão dos tablets (microcomputadores portáteis sem teclado e com tela sensível ao toque) no Processo Produtivo Básico (PPB), o que possibilitaria a redução de impostos do equipamento. O Ministério das Comunicações, que solicitou a consulta pública, estima que, com a inclusão no PPB, os tablets terão redução de até 31% nos preços na comparação com os importados, já que o IPI cairia de 15% para 3% e o ICMS, caso a produção seja em São Paulo, de 18% para 7%.
A consulta começou no dia 1º de abril e sugere as condições de fabricação do produto. De acordo com a proposta de portaria publicada na convocação da consulta, a produção nacional de componentes dos tablets, como placas e carregadores, devem aumentar gradativamente a cada ano até 2014. As empresas devem ainda encaminhar relatório anualmente sobre os componentes adquiridos no mercado nacional.
Outra possibilidade é a inclusão dos tablets na lei 11.196, originada pela MP do Bem, que isenta de PIS e Cofins a venda de computadores e modems até o fim de 2014. O Ministério da Fazenda, que decide questões de desoneração, informou que não apresenta temas ainda em discussão e que não há nada formalizado sobre o assunto.
Apesar do volume, o investimento fica atrás de outros já anunciados no Brasil este ano. A petroleira britânica BG Group, por exemplo, deve colocar US$ 30 bilhões no Brasil até o final da década. Parte desses investimentos devem ser usados na criação de um centro tecnológico.
Já o Grupo Telefônica tem plano de investir R$ 24,5 bilhões no Brasil durante os próximos quatro anos, de 2011 a 2014.Os recursos serão aplicados na modernização e expansão de redes, lançamento de produtos e serviços em telefonia, banda larga e TV por assinatura.
A empresa
A Foxconn, fundada em 1974 em Taiwan, é uma das maiores fabricantes de aparelhos eletrônicos no mundo. A companhia monta computadores e aparelhos para empresas como Apple, para a qual produz iPods, iPads e iPhones, placas-mãe para a Intel, componentes para PCs da Dell, celulares da Motorola e videogames como o PlayStation 3, da Sony, Wii, da Nintendo.
No Brasil, a empresa fabrica produtos para Sony, Dell, HP e Sony Ericsson e possui hoje três fábricas: em Manaus (AM), Indaiatuba (SP) e Jundiaí (SP). A Foxconn iniciou as suas atividades no país em 2005, com a fabricação de celulares. Mais tarde, a empresa passou a fabricar máquinas fotográficas digitais. Em 2007, inaugurou a sua maior fábrica no país, em Jundiaí, para a fabricação de computadores, notebooks e netbooks, além das placas mãe desses equipamentos.
Fábrica da Foxconn em Jundiaí, no interior de São Paulo
Atualmente, a Foxconn está presente em 14 países.
Tablets no Brasil
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior realiza até sexta-feira (15) consulta pública sobre as condições para a inclusão dos tablets (microcomputadores portáteis sem teclado e com tela sensível ao toque) no Processo Produtivo Básico (PPB), o que possibilitaria a redução de impostos do equipamento. O Ministério das Comunicações, que solicitou a consulta pública, estima que, com a inclusão no PPB, os tablets terão redução de até 31% nos preços na comparação com os importados, já que o IPI cairia de 15% para 3% e o ICMS, caso a produção seja em São Paulo, de 18% para 7%.
A consulta começou no dia 1º de abril e sugere as condições de fabricação do produto. De acordo com a proposta de portaria publicada na convocação da consulta, a produção nacional de componentes dos tablets, como placas e carregadores, devem aumentar gradativamente a cada ano até 2014. As empresas devem ainda encaminhar relatório anualmente sobre os componentes adquiridos no mercado nacional.
Outra possibilidade é a inclusão dos tablets na lei 11.196, originada pela MP do Bem, que isenta de PIS e Cofins a venda de computadores e modems até o fim de 2014. O Ministério da Fazenda, que decide questões de desoneração, informou que não apresenta temas ainda em discussão e que não há nada formalizado sobre o assunto.
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